Nós, da equipe Axia Vectra, sempre falamos que buscamos os melhores parceiros e fornecedores, e com a coluna Próximos Passos você entende as razões pelas quais escolhemos cada um deles.
Nossa proposta aqui é apresentar essas empresas, as pessoas à frente delas, e mostrar tudo o que estamos planejando, juntos, para os próximos empreendimentos. Então, para este artigo entrevistamos: Guido Petinelli, fundador e CEO da Petinelli (Especialistas em Green Building).
1. Conte para nós sobre o seu escritório: o início, a essência da marca, os valores que prezam e sua missão.
Desde criança, sou apaixonado por prédios, sempre quis trabalhar com isso. Estudei arquitetura na Universidade McGill, no Canadá. Lá cruzei com um grupo de pessoas que estavam fazendo os primeiros green buildings. Elas falavam sobre como era possível construir de forma muito melhor do que construímos hoje, que não custa mais caro, e que esse conceito se chamava green building.
Falar em construir melhor significa construir prédios mais eficientes, que gastam menos energia e água, fornecem mais conforto e bem-estar aos ocupantes e têm menor impacto ambiental.
Parecia bom demais para ser verdade. No início, me perguntava: por que ninguém está fazendo isso? A resposta era sempre a mesma: a percepção de que um prédio melhor custa mais caro. Entretanto, o pessoal à frente do movimento de green building conseguiu vencer a barreira do custo, fazendo mais com menos.
Construir melhor pelo que custa o convencional hoje foi totalmente inspirador para mim. Fazer mais com menos significa comprar menos para poder comprar melhor. Isso é otimização, é melhorar a produtividade do setor da construção civil.
Vamos pegar como exemplo uma escola. Se a sua estrutura favorecer a economia de energia elétrica e de água, a escola terá mais recursos para investir em professores, livros e merendas, em vez de gastar com energia e água.
Se podemos construir um prédio que consome 50% menos energia e 80% menos água sem nenhum custo adicional na obra, por que ainda não fazemos isso? É possível construir prédios assim pelo preço do convencional, e isso é green building.
A Petinelli é uma empresa de engenharia e inovação. Somos líderes no Brasil em desempenho e bem-estar em edificações. Nossa missão é construir melhor. Para isso, precisamos fazer diferente do convencional, e fazer diferente significa inovar.
A inovação é um desafio, e para chegarmos até ela precisamos sair do cotidiano. Se nos propomos a fazer algo diferente, temos que encontrar inspiração em alguma coisa, buscar aquela satisfação de fazer algo bem-feito, superar as adversidades. Isso é o que nos motiva a sair da cama todos os dias, a capacidade de transformação quando vencemos um desafio.
Quando sabemos que o nosso trabalho tem um propósito, que une um grupo de pessoas ao redor dele, alcançamos a capacidade de mostrar o potencial das melhorias que são possíveis no setor da construção civil.
Vemos que a Axia Vectra é uma das empresas que já acordaram para isso e se dedicam para avançar.
2. Para vocês, quais são as próximas tendências na área em que atuam?
A primeira tendência é construir prédios “zero”, ou seja, autossuficientes em energia e água, que não gerem emissões de carbono e onde todo resíduo é reciclado ou reutilizado; nada vai para o aterro sanitário.
Quando vejo empresas assumirem compromissos globais, anunciando que serão zero resíduo, zero carbono e zero energia até 2030 ou 2040, penso: por que esperar tanto tempo se já podemos fazer isso agora?
Hoje, o Brasil se mostra pioneiro em edifícios “zero”. Temos centenas de projetos zero energia em operação, já medidos. Porque não basta prometer economia, conforto e sustentabilidade, a tendência é mensurar esses resultados. Com dados não se discute, e é assim que ganhamos o argumento e transformamos o mercado.
A segunda tendência é a necessidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas. O ser humano passa 90% do seu tempo em ambientes fechados: são onde comemos, dormimos, respiramos, estudamos, trabalhamos, descansamos. Se construirmos prédios saudáveis, teremos pessoas saudáveis.
Ao construirmos um prédio, seja uma escola ou um hospital, um edifício de escritórios ou a sua moradia, precisamos pensar em como garantir a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas que passarão tantas horas ali dentro.
Na construção civil, ainda estamos arranhando a superfície de tudo o que green building representa. Logo, precisamos fazer muito mais. Pensar em conforto e bem-estar é cuidar da sua família, de quem você ama, de você mesmo.
Felizmente, estamos seguindo um caminho em que ninguém aceita fazer menos eficiente para fazer melhor e com qualidade, pois temos que fazer os dois. Fazer melhor significa ter eficiência e sustentabilidade junto a conforto e bem-estar; não podemos escolher apenas um desses caminhos.
3. Como é a busca de tendências sob a sua perspectiva? Como surgem as novas ideias?
Tendência remete à inovação. Algo novo, que surge e muda a forma como enxergamos o mundo ao nosso redor. O engenheiro serve a um propósito na vida: resolver problemas. Encarar um problema com um novo olhar, sem trazer preconceito nem vícios, é o primeiro passo para a inovação.
Quando falamos sobre tendências, precisamos pensar nisso, ter os olhos e a mente abertos com o intuito de vencer os vícios para buscar coisas diferentes e, então, encontrar duas, três, quatro soluções.
O ser humano tende a preferir a rotina, a se acomodar, se manter na zona de conforto. Entretanto, inovação e tendência nascem quando surge algo diferente.
Então, precisamos dar um passo para trás e nos questionar: como podemos fazer isso melhor? Isso é cultura, e podemos treinar nosso cérebro nesse sentido. Estarmos abertos para fazer algo melhor representa ter força de vontade e disciplina.
A rotina, aqui na Petinelli, é não cair na mesmice. Sabemos que as ideias nascem a partir de problemas que queremos solucionar. Ou seja, os problemas acabam sendo nossa maior fonte de inspiração, e quanto mais difícil for o problema, mais inspirador ele será. Somos engenheiros audaciosos e criativos.
É como a ideia de dar nó em pingo d’água: o que parece ser impossível, você faz, redefine e mostra que é, sim, possível.
4. Consideramos que vocês estão na vanguarda da sua área. Como conseguem manter a excelência e estarem um passo à frente do mercado?
É justamente a ideia de não cair na rotina e na mesmice, de sempre se questionar, buscar o que mais pode ser feito de forma melhor.
A empresa é feita de pessoas. Então, para se manter à frente e conservar a excelência, você precisa de pessoas que pensam dessa forma, que se sentem inspiradas a trabalhar assim. Essa é a cultura das pessoas que fazem a Petinelli.
A cultura não é da empresa, quem a faz são as pessoas. Ela é algo vivo, que você precisa cultivar sempre. Se você esquecer de aguar, ela morre. Como são as pessoas dentro da empresa que representam a cultura, você precisa cultivá-las sempre; somente assim é possível manter a cultura da empresa viva.
Enfim, é a cultura somada às pessoas o que nos permite estar sempre à frente.
5. Que mensagem vocês deixariam para os profissionais que estão iniciando na área?
Resumidamente, eu diria: sonhem grande, pois custa o mesmo que sonhar pequeno.
Como a indústria da construção civil inova pouco, temos muitas oportunidades pela frente. O setor representa 10% do PIB global, mas ao compará-lo com outros, como o agronegócio, por exemplo, percebemos que estamos muito atrás ao analisarmos quanto evoluímos nas últimas décadas.
Isso nos traz muitas oportunidades, pois quanto mais para trás estamos, maior é o nosso potencial de disruptura na construção civil. Portanto, para os estudantes, digo que este é um momento fabuloso para aproveitar esse potencial de reinventar o nosso segmento. Pensem na produtividade, em criar um negócio competitivo e resiliente, seja como funcionários ou empreendedores.
Para o jovem profissional, a lição, a essência do green building é essa busca por melhorar sempre e com o foco em aumentar o valor percebido e a produtividade. Em qualquer área da construção civil na qual você se posicionar dessa forma, o ganho de produtividade, fazer mais e melhor com menos, é o que sustentará a inovação e resultará no sucesso da sua carreira.
Então, aqui está um setor que apresenta condições únicas e inigualáveis para inovação e sucesso.
6. Para vocês, como é a experiência de trabalhar com a Axia?
Ainda estamos escrevendo nossos primeiros capítulos juntos, mas já podemos dizer que trabalhar com a Axia foi um encontro de mentes. A cultura da liderança da empresa, sua maneira de encarar o mundo, a filosofia de como você interage com uma pessoa, tudo isso tem muita afinidade com a nossa maneira de encarar o mundo.
Com a Axia, temos a abertura e a segurança de conversar e argumentar juntos, para convencermos e sermos convencidos, sempre na busca por fazer melhor. Encontrar pessoas assim é muito satisfatório.
Como gosto de dizer: somos a melhor equipe trabalhando com os melhores clientes nos melhores projetos. Com a Axia, essa é a mais clara expressão de como enxergamos. Essa parceria é um privilégio para nós.