O home office e o futuro do setor imobiliário

Durante a procura por um imóvel residencial, a busca por qualidade de vida tem sido mais observada, acima da localização e metragem, atributos que antes estavam entre as prioridades das pessoas ao tomar a decisão de investir em um novo lar para morar.

Mas você já reparou que o conceito de residência se transformou ao longo dos últimos 18 meses?

É sobre isso que falaremos neste artigo.

 

As necessidades de um lar mudaram

Antes, um dos atributos que ajudavam as pessoas a definirem onde morar era a proximidade com o local de trabalho ou a facilidade de locomoção até ele. Mas isso tem mudado neste momento em que tantos têm aderido ao trabalho remoto e passam mais tempo em suas casas.

Sendo assim, o novo conceito de lar atualmente enaltece um espaço que favorece o trabalho, o relaxamento e a convivência.

 

O aumento do trabalho remoto devido à pandemia

A empresa Salesforce, especializada em ferramentas de CRM, realizou uma pesquisa na qual entrevistaram mais de 20 mil profissionais de diversos países: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Índia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Singapura e Brasil – onde foram entrevistadas 2 mil pessoas.

O objetivo da pesquisa era conhecer mais sobre a percepção da população sobre o futuro do modelo de trabalho e os impactos da pandemia, tanto para trabalhadores quanto para empresas. Afinal, esse momento mundial histórico incentivou boa parte dos profissionais a desempenharem seu trabalho remotamente, principalmente a partir de suas casas.

 

Números sobre o home office

Entre as pessoas entrevistadas, 42% declararam que gostariam de continuar trabalhando em suas casas. No Brasil, esse interesse é ainda maior: 57% dos entrevistados.

Inclusive, o estudo mostra que 52% dos profissionais dizem que poderiam até mesmo trocar de emprego para poderem trabalhar remotamente. 

A pesquisa também apontou que 84% dos gestores entrevistados pretendem manter o trabalho remoto em médio e longo prazos, pelo menos em parte do tempo.

Estamos diante de uma mudança no perfil profissional das pessoas, o que traz novas necessidades no conceito de moradia, interferindo diretamente nos próximos lançamentos do mercado imobiliário.

 

O que podemos esperar de novidades do setor imobiliário

Se antes morar perto do local de trabalho era um dos pontos mais importantes ao definir onde morar, hoje essa prioridade tem diminuído, dando espaço para um lar que ofereça estrutura preparada para abrigar um home office em um ambiente exclusivo para esse fim, com mais conforto e organização.

Mas as necessidades vão muito além disso. Com mais tempo dentro de casa, podemos esperar ainda outras mudanças nos projetos residenciais em comparação ao que temos hoje. Um imóvel que disponibilize áreas para a prática de hobbies e que promova momentos de convivência com familiares e amigos.

Então, nos próximos lançamentos imobiliários provavelmente encontraremos lares com espaços mais confortáveis, com mais suítes e suítes maiores, áreas de convivência mais inteligentes, espaços gourmet e de estar diferenciados.

Também é preciso destacar as transformações que já temos identificado em relação às adaptações que valorizam a saúde e qualidade de vida: estamos falando sobre as novas tecnologias embarcadas na obra; que hoje já entregam aos moradores benefícios que não eram possíveis de se vivenciar há alguns anos, mas que agora aparecem cada vez mais nos imóveis residenciais.

 

Enfim, a palavra que representa as mudanças do mercado mais uma vez é a inovação. Os produtos sempre se adaptam às pessoas, às suas necessidades e exigências. No setor imobiliário não seria diferente.

Ao observar as tendências abordadas neste artigo, podemos prever que nos próximos seis meses seremos apresentados a um novo conceito de morar aplicado na prática, com modelos e funcionalidades inéditos. Ou seja, o fato é que coisas boas virão: no mercado imobiliário e nas nossas vidas.